São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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A perfeição está eternamente dentro dos nossos corações

NEWTON MESQUITA
ESPECIAL PARA A FOLHA

É como bater um pênalti. Como colocar no papel uma declaração de amor? Com força, determinação e toda vontade, ou delicadamente, de mansinho, com o talento e a malícia que a gente vai aprendendo, lapidando?
Como se escolhe o que vai se amar, essa paixão feita de gerações passadas (meu avô, meu pai) e futuras (meus filhos)?
Como se explica essa persistência da memória, essa fidelidade durante esse tempo todo? Estes mais de 20 anos sem títulos –preto–, estranha coincidência histórica –só a esperança, que é luz, é branca.
Preto e branco, o dia e a noite, um homem e uma mulher, ying e yang, as conquistas e derrotas, a lágrima, o sorriso; meu bem, meu mau.
Nas solitárias tardes de domingo, dentro do ateliê vazio, as ondas do rádio trazem desde o "próprio" da municipalidade ou, onde quer que o onze mosqueteiro se encontre, o clube dos corações solitários, cada vez mais cheio de todas as cores, seja lá qual for o resultado.
O resultado, este não importa, nós sabemos disso, pois até o jogo acabar ele é reversível, ele é mutável.
Para a gente corintiana, o jogo é como a hora da buzina: só acaba quando termina.
Como se escolhe um caminho numa encruzilhada, um amigo, a forma e o tom perfeito?
Provavelmente, eles já estejam, desde sempre, eternamente, dentro dos nossos corações.

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