São Paulo, sexta-feira, 16 de dezembro de 1994 |
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Sofá da Hebe não aguenta mais levar pum!
JOSÉ SIMÃO
Eu começaria a biografia dela com um haicai. O haicai da cama: diz que uma noite a Hebe acordou sobressaltada: "Será que eu sou a Hebe sonhando que sou uma televisão ou eu sou uma televisão sonhando que sou a Hebe". Tanto faz, Hebe e a televisão, irmãs siamesas. Nasceram grudadas! Desde que Adão era cadete que a Hebe tá na televisão. Diz que o rascunho da Bíblia foi lançado lá no sofá da Hebe. Aliás, manda aquele sofá pro Louvre da Televisão. O Brasil inteiro já deixou sua impressão bundal no sofá da Hebe. Já imaginou o que aquele sofá deve ter levado de pum? Rarará! Diz que até hoje quando entra no ar ela se pergunta: "E agora o que eu falo?" Fala qualquer abobrinha! Que o auditório ferve. Entra num fenômeno chamado "hebulição". E ela é tão popular que quando tava fazendo comercial do Mappin um leitor me escreveu perguntando se a Hebe entrava na liquidação. Queria dar de presente pro avô dele. Rarará! Boa de marketing! Até quando tava fazendo um especial na Rússia conseguiu enxertar os produtos Cica. "A gente tá aqui, mas dá uma vontade de comer uma pizza, né". Rarará! E foi lá na Rússia que soltou sua maior pérola. "Ideologias à parte, essa igreja não é uma maravilha?" Aliás, ela é a própria "ideologias à parte". Por isso que todo mundo gosta dela. Hebe, uma estrela no ar. E uma meia-lua de brilhantes na orelha. Hebe, uma emoção à flor da pele. De visom, é claro! Rarará! Texto Anterior: "Carmen" estréia no Metropolitan Próximo Texto: Lola-Lola cria o mito Marlene Índice |
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