São Paulo, sábado, 17 de dezembro de 1994
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Aeroportuários param na segunda-feira

DA REPORTAGEM LOCAL

Os aeroportuários iniciam na segunda-feira greve por tempo indeterminado em aeroportos de todo o país. Eles reivindicam pagamento de R$ 1.070,00 por funcionário, valor referente ao não-reajuste dos tíquetes-refeição após o Plano Real.
É a segunda greve convocada pelos aeroportuários em um mês. Na anterior, entre 14 e 22 de novembro, grevistas entraram em conflito com policiais da Aeronática no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo). A greve anterior provocou também acúmulo de cargas nos terminais.
Os funcionários da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) são responsáveis pela administração, manutenção e segurança dos aeroportos.
Acesso às salas de embarque, fiscalização nas pistas e operação dos monitores e quadros indicadores de vôos são funções desempenhadas pelos aeroportuários.
A paralisação de segunda-feira não deverá alterar o funcionamento das torres de controle, dos balcões de check in e dos serviços de entrega de bagagens.
Esses setores são operados por funcionários das companhias aéreas ou de empresas prestadoras de serviços à Infraero.
Segundo o Sindicato Nacional dos Aeroportuários, a greve foi convocada na segunda-feira passada em assembléias realizadas em aeroportos de todo o país.
Os aeroportuários não aceitaram proposta da Infraero, que previa o pagamento de R$ 584,00 por funcionário –metade do valor reivindicado como diferença dos vales.
A Infraero ofereceu ainda reajuste do valor do tíquete-refeição para R$ 4,53, mas os aeroportuários reivindicam R$ 6,32.
Conforme a adesão à greve a partir de segunda-feira, a Infraero pretende remanejar funcionários para operar áreas consideradas prioritárias, como os terminais de carga e de passageiros.
Segundo o Sindicato Nacional dos Aeroportuários, a greve foi decidida por aproximadamente 3.000 funcionários da Infraero nas assembléias de segunda-feira.
A paralisação anterior teve adesão de 80% da categoria, segundo o sindicato, e de 30%, segundo a Infraero. Durou nove dias e foi considerada "não-abusiva" pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho).

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