São Paulo, sábado, 17 de dezembro de 1994
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Guerreiro deve escutar adversário

PAULO COELHO
COLUNISTA DA FOLHA

Um guerreiro da luz nem sempre tem a oportunidade de escolher o seu campo de batalha. Às vezes ele é colhido de surpresa, no meio de combates que não lhe pertencem. Mas não adianta fugir, porque estes combates o seguirão.
Então, no momento em que o conflito é quase inevitável, o guerreiro chama seu adversário para uma conversa. Sem demonstrar medo ou covardia, o guerreiro procura saber porque o outro deseja tanto o combate; que coisas o fizeram sair de sua aldeia e procurar a luta. Sem desembainhar a espada, o guerreiro o convence que não é seu inimigo.
Um guerreiro da luz escuta o que seu adversário tem a dizer. E só luta se for absolutamente necessário.

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