São Paulo, domingo, 18 de dezembro de 1994
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O mundo dá voltas

Aproximava-se a eleição do presidente da República pelo Colégio Eleitoral, em 85. Pegava fogo no PT a discussão sobre participar ou não.
O grupo majoritário era contra, argumentando que votar significaria dar validade à eleição indireta. Alguns deputados petistas, entre eles Airton Soares, retrucavam que era necessário participar, como forma de derrotar o governo militar.
Depois de muito debate, chegou o dia da votação. O grupo favorável à participação manteve sua decisão.
Dias depois, recorda Soares, chegou uma carta da direção do PT dizendo que ele desrespeitara uma posição partidária e, portanto, deveria se desfiliar imediatamente.
Hoje, diante da formação do ministério de FHC, Soares sorri ao recordar o duro texto da carta. Era assinado pelo líder do grupo que mais radicalmente se opunha a qualquer participação do PT no Colégio Eleitoral: o então secretário-geral do partido, o cientista político Francisco Weffort, que acaba de ser indicado para o Ministério da Cultura do adversário do PT na eleição presidencial.

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