São Paulo, domingo, 18 de dezembro de 1994
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Eles não ficam só no folclore

HELOISA HELVECIA

Bem antes dessa onda multiculturalista, os terapeutas e professores de dança André Trindade e Betty Gervitz já faziam cabeças e corpos com folclore traficado de épocas remotas e exóticos pontos do planeta.
Ele psicólogo, entrou na dança aos 18. Ela terapeuta corporal, dançou "sem perceber". A "volta ao mundo" da dupla começou no curso de Ivaldo Bertazzo, onde ensinaram 12 anos e caíram nos ritmos étnicos.
Dois anos atrás, André e Betty deram seus passos próprios e se instalaram na Colméia, onde mantêm 200 alunos. Lá, põem na roda gente de qualquer idade, biótipo ou profissão. Mês passado, juntaram 70 "crias" no espetáculo "Safira, a Festa, Uma Experiência Étnica". Teve muita dança do ventre, para eles e elas, "mas sem a concepção cafona e distorcida de Hollywood", ressalva André; "sensual, mas sem pieguice", diferencia Betty.
Experts em psicomotricidade, cursos feitos em Paris e na Bélgica, os dois não se consideram artistas, mas artesãos. Não têm o objetivo exclusivo da forma ou da arte. Irriquietos como ciganos, viajam atrás de tradições que ajudem a aplicação de sua técnica. A última parada foi a Turquia. A próxima, Marrocos.

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