São Paulo, domingo, 18 de dezembro de 1994 |
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MIL E UMA MORAES
SÉRGIO DÁVILA
No bairro carioca ou na ilha, o que a cadela da raça eiredale, cor branco e marrom, prefere mesmo é a companhia de sua dona, a cineasta Susana Moraes. "O terceiro andar é bom para as coronárias, não?", diz Susana, abrindo a porta com uma mão e segurando Anna Karina com a outra. Ela fuma muito, usa seus cabelos grisalhos à escovinha e tem a voz rascante. Batizou seus cães com os nomes do casal capital do cinema francês porque quase tudo é cinema na vida de Susana Moraes. Por exemplo: seu primeiro longa, "Mil e Uma", concluído este ano, já participou de pelo menos dez festivais –levou prêmio especial de júri em Gramado, melhor roteiro em Brasília e crítica elogiosa do jornal francês "Libération" em Veneza. "Mil e Uma" estréia em fevereiro. É comédia ("não do tipo rá-rá-rá", diz) que junta Xerazade, Lewis Carroll e Marcel Duchamp. Agradou a quem já viu. Na parede da sala da cineasta, em retrato de Candido Portinari de 1938, o pai de Susana olha satisfeito. Belo e de olhos verdes, é Vinicius de Moraes. Texto Anterior: Fã até embaixo d'água; Who is the next girl?; Seda; Cinco estrelas; Pop life; A Jamaica não tem só reggae; Boa idéia; Cegonha Próximo Texto: MIL E UMA MORAES Índice |
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