São Paulo, domingo, 18 de dezembro de 1994
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SUSANA NO PAÍS DO CINEMA POBRE

NOVA LEGENDA DO CLIPE

FOLHA IMAGEM-1980

"Mil e Uma" é o primeiro longa de Susana Moraes. E bote longa nisso. Levou cinco anos para ser concluído. "Dava para fazer a história do mundo, um épico", diverte-se ela. Custou US$ 500 mil, dinheiro que veio da emissora estatal espanhola TVE e do produtor português Paulo Branco.
"Tive sorte de aparecerem estes produtores: no exato dia em que a Embrafilme ia dar o cheque, o Collor fechou tudo", lembra Susana. "Fiquei 15 dias na cama, olhando para o teto, em depressão completa."
É um folhetim bem-humorado que se passa no Rio de Janeiro. Alice (Giovanna Gold), a personagem principal, quer filmar uma viagem imaginária do artista francês Marcel Duchamp ao Brasil.
"Eu nunca entendi bem porque Duchamp passou seis meses na Argentina e nunca veio ao Brasil, país do erotismo, do acaso e do absurdo, temas principais de sua obra", diz Susana. No meio do filme, Alice apaixona-se e se envolve num caso de corrupção.
A temperar o roteiro, surrealismo e olhar feminino. O nome da personagem é uma homenagem à "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll. "Ela é minha heroína, desde os oito anos", diz Susana.
Atuam em "Mil e Uma" ainda Alexandre Borges, José Rubens Chachá, Hamilton Vaz Pereira e Cristiana Guinle. José Mayer, Cecil Thiré, Cláudio e Sérgio Mamberti, José Lewgoy e Walmor Chagas fazem pontas.
A trilha é de Péricles Cavalcanti, com músicas de Augusto de Campos e interpretações de Arnaldo Antunes, Arrigo Barnabé e Adriana Calcanhoto.

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