São Paulo, segunda-feira, 19 de dezembro de 1994
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Empresa retoma hoje negociação da greve

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os funcionários dos Correios e a direção da empresa retomam as negociações para o fim da greve hoje pela manhã.
Em assembléia geral, no sábado, os grevistas decidiram continuar com a paralisação em 14 Estados, até que sejam atendidas as suas reivindicações. A greve começou na quarta-feira passada.
A decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), na sexta-feira, criou um impasse para a ECT. A greve não foi considerada abusiva e a tarefa dos Correios não foi julgada essencial.
"O resultado do julgamento da greve foi uma surpresa", disse à Folha o ministro das Comunicações, Djalma Morais.
Ele entende que os funcionários –75 mil em todo o Brasil– devem retornar ao trabalho. Morais baseia-se no julgamento do TSE, que também determinou o desconto dos dias parados.
O tráfego de cartas e encomendas pelos Correios chega a 20 milhões por dia em dezembro, segundo o presidente da ECT, Antônio Correia de Almeida.
A situação é mais crítica em São Paulo, responsável por 65% do tráfego postal do país. A ECT está tercerizando serviços para garantir a entrega de encomendas urgentes, como medicamentos importados.
Milhares de encomendas importadas estão paradas nos aeroportos, enquanto os destinatários esperam por seus presentes de Natal, lembrou o presidente da ECT. As áreas mais afetadas pela greve são as de transporte e de entrega.
Na avaliação de Almeida, o índice de paralisação não chega a 50% dos funcionários nos 14 Estados. A principal reivindicação dos funcionários é a antecipação da data-base de 1º de janeiro para 1º de dezembro. O CCE (Conselho de Controle das Estatais) não aprova a antecipação.

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