São Paulo, segunda-feira, 19 de dezembro de 1994
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Indústria de celular deve faturar R$ 250 mi em 94

FILOMENA SAYÃO

Indústria e comércio comemoram os negócios com telefones celulares.
A indústria computou seus números. A Motorola diz que o mercado deve fechar 1994 com vendas de cerca de 460 mil aparelhos em todo o país, o que equivale a um faturamento de R$ 230 milhões.
Somando-se os acessórios, o resultado deve atingir R$ 250 milhões, diz Silvio Stagni.
Stagni é gerente de marketing da líder em vendas, a Motorola -que não revela seus números ou participação no mercado.
Se os planos da Telebrás se concretizarem, diz Gilson Rondinelli, gerente de telefonia celular da Telesp, cerca de 1,8 milhão de pessoas estará portando celulares em 95.
Com esses números, Stagni acredita que o mercado chegue a vender mais de 1 milhão de aparelhos. Isso vai significar vendas de R$ 464 milhões, ou R$ 510 milhões junto com os acessórios.
Ressalva: o mercado calcula que cerca de 30% do faturamento vêm do contrabando -que dizem, reduziu com o maior controle por parte de algumas empresas que habilitam usuários no país.
Os negócios com celulares devem aumentar ainda mais. É um mercado novo, mas já deu para perceber que é um dos que mais cresce no setor de eletroeletrônicos, enfatiza Antonio José De Bonis, diretor da Celular Gradiente, a segunda no ranking da indústria.
A Gradiente fecha o ano com 73 mil aparelhos vendidos. Começou em setembro de 93. Até agora, colocou nas lojas 80 mil aparelhos -ou cerca de US$ 37 milhões.
No comércio, em menos de um ano, 15 lojas especializadas na venda de aparelhos e acessórios se instalaram na avenida Rebouças e Eusébio Matoso (quatro só no shopping Eldorado).
"Quando estrangeiros vêm ao Brasil ficam surpreenditos. Chamam a avenida de celular road, revela De Bonis.
Isto sem contar as lojas espalhadas pelo Estado de São Paulo. A Telesp credenciou desde agosto de 93, quando o negócio deslanchou no Estado, 402 pontos-de-venda.
Mas irregularidades de vários tipos obrigaram a Telesp a descredenciar nove-de nome não revelado. Isto fora as 14 lojas da rede da Telesp. Ao todo, são 407 lojas hoje, fora as não-credenciadas.
Detalhe: os negócios não se resumem à indústria e comércio. A própria Telesp deve faturar este ano US$ 180 milhões com a prestação de serviços. Para 95, a previsão é de US$ 500 milhões.
O negócio poderia crescer ainda mais. Só a Telesp tem em sua lista de espera 850 mil pessoas.
QUANTO CUSTA CARREGAR UM CELULAR
CellCenter
Motorola Lite - 213 g; bateria de 24 horas; 100 memórias alfanuméricas: R$ 796
Motorola Ultra Lite - 167 g; vibra em vez de chamar; rediscagem automática durante 4 minutos se a linha está ocupada: R$ 1.050
Oki Phone 1150 - 256 g; botão de fone embutido uma bateria; discagem por um toque: R$ 756
Motorola PT550 - 247 g; bateria 24 horas, 30 memórias numéricas: R$ 477
GE Supermini - 286 g; rediscagem automática; bloqueio eletrônico; 40 memórias alfanuméricas: R$ 796
Cellular Express (câmbio comercial do dia)
Oki 1150 - 232 g; vem com viva-voz e carregador veícular no kit básico e bateria de alta capacidade: US$ 919
Audiovox Prestig 350 - 196 g; design moderno; 100 memórias alfanuméricas; US$ 950
Cellstar 5600 - 247 g; 100 memórias alfanúmericas; rechamada com toque único US$ 549
Ericsson AH237 - 232 g; o menor aparelho do mercado; 100 memórias alfanuméricas: US$ 879
Motorola PT550 - 280 g; 30 memórias numéricas, modelo mais vendido no mercado: US$ 614
Shopping da Telefonia
Motorola PT550 - 280 g; 30 memórias numéricas, modelo mais vendido no mercado R$ 460
Motorola Ultra Lite - 167 g; vibra em vez de chamar; rediscagem automática durante 4 minutos se a linha está ocupada: R$ 988
Motorola Classic PT950 - 286 g; 100 memórias alfanuméricas R$ 520
Gradiente CP30 - 340 g; 15 memórias numéricas; bateria que dura 24 horas; carregador rápido de uma hora: R$ 459

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