São Paulo, segunda-feira, 19 de dezembro de 1994 |
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Mercosul favorece o terrorismo, diz Argentina
SÔNIA MOSSRI
Anzorreguy participou na semana passada do seminário A Ameaça do Terrorismo Fundamentalista, promovido pela Amia (Associação Mutual Israelita Argentina) como protesto informal pelo marasmo das investigações do governo sobre o atentado à sede da entidade, em 18 de julho, que deixou mais de 90 mortos. Sem avanço nas investigações, Anzorreguy disse à Folha na quarta-feira que não tinha conhecimento da detenção do brasileiro Wilson Santos por suas declarações contraditórias sobre o atentado. "Quem? Desconheço isso", afirmou Anzorreguy, que trabalha com o juiz Juan José Galeano, encarregado do inquérito da Amia. Galeano interrogou o brasileiro pelo menos três vezes até agora. A própria Secretaria de Inteligência do Estado acompanha o caso de Santos, que está sendo processado por falso testemunho. O chefe do serviço de inteligência argentino provocou indignação na platéia de 400 pessoas ao se recusar a dar qualquer informação sobre as investigações. O norte-americano Oliver "Buck" Revell, ex-agente do FBI, afirmou que o atentado à Amia deve ter tido apoio de uma conexão local e não descarta a possibilidade de haver bases terroristas na região da fronteira. O vice-chanceler argentino, Fernando Petrella, descartou que o serviço israelense de informações participe de operações na região da fronteira, como foi sugerido pelo presidente da Comissão de Defesa do Parlamento de Israel, Ori Or. LEIA MAIS sobre o Mercosul nas págs. 1-4 e 2-5. Texto Anterior: Zona da fronteira é marcada por incidentes Próximo Texto: CNA faz sua primeira conferência no poder Índice |
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