São Paulo, terça-feira, 20 de dezembro de 1994
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Prefeitura desinterdita e moradores voltam ao edifício Baronesa de Arary

VICTOR AGOSTINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um ano e quatro meses depois de ter sido interditado por falta de segurança, o edifício Baronesa de Arary, na avenida Paulista esquina com Peixoto Gomide (zona oeste de São Paulo), foi liberado ontem para os moradores.
O prefeito Paulo Maluf e o secretário da Habitação, Lair Krahenbuhl, assinaram a desinterdição parcial do prédio ontem às 11h. Até janeiro do ano que vem, todos os 3.500 moradores poderão voltar aos 556 apartamentos do edifício.
O Baronesa de Arary foi interditado em agosto de 1993 por colocar em risco de blecaute a avenida Paulista. Toda a parte elétrica do prédio funcionava com gambiarras e clandestinamente, não havia extintores e mangueiras contra incêndio funcionando, o lixo se acumulava nos corredores, não havia iluminação de emergência e os elevadores estavam desligados.
Segundo o Contru (Departamento de Controle de Uso de Imóveis), que inspecionou o edifício e sugeriu sua interdição à Justiça, a precariedade das instalações elétricas do Baronesa iriam gerar um curto-circuito que afetaria a avenida Paulista.
O Baronesa é um prédio que mistura apartamentos de vários tamanhos. Existem 25 unidades com três quartos no bloco Côte d'Azur, 431 quitinetes nos blocos Rajá e Capri e cem apartamentos de dois quartos no bloco Acapulco.
Ontem começaram a ser liberados os primeiros 50 apartamentos do Acapulco. Até o fim deste mês a prefeitura pretende concluir a reocupação desse bloco. Em janeiro será a vez dos quitinetes. Por decisão judicial, os apartamentos do Côte d'Azur já estavam liberados aos moradores.
Segundo o secretário da Habitação, a volta dos moradores será coordenada por sua assessoria. "A prefeitura vai ceder os caminhões para a mudança", afirmou.

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