São Paulo, quarta-feira, 21 de dezembro de 1994
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Corpo deve chegar hoje de manhã a SP

DANIELA ROCHA
DE NOVA YORK

O corpo de Pedro Collor seguiu para o aeroporto de Nova York (EUA) às 16h35 de ontem para ser embarcado no vôo 866 da Varig, com destino a São Paulo.
O vôo sairia de Nova York às 23h de ontem. A chegada a São Paulo estava prevista para 8h15 de hoje (horários de Brasília).
O corpo de Pedro permaneceu 24 horas na funerária Frank Campbell –a mesma para onde foi levado o compositor Tom Jobim no último dia 8.
Ontem de manhã, Pedro foi submetido a uma necropsia. Segundo o departamento de relações públicas do Memorial Hospital, o resultado não seria divulgado.
Conforme a promoter Anna Maria Tornaghi, Thereza Collor, viúva de Pedro, disse que a necropsia indicou morte por embolia pulmonar e constatou metástase (ramificação do tumor no cérebro).
A família de Pedro embarcaria no mesmo vôo para o Brasil, segundo Eduardo Uchoa Costa, cunhado de Thereza.
Anteontem à noite, Eduardo, Thereza e Solange Ramiro Costa –sogra de Pedro– visitaram a funerária, acompanhados da amiga Maria Helena Chegão.
Thereza pediu a Eduardo que chegasse antes para entregar um bilhete à imprensa.
No texto, ela afirma que "em momento algum –nem ele nem eu– negamo-nos a qualquer contacto com membros de sua família". A nota também agradece "a todas as pessoas que comungaram de nosso sofrimento".
Thereza ficou por volta de três horas na funerária anteontem à noite. Ontem de manhã, a família ficou ao lado do corpo por mais três horas e meia.
Anna Maria Tornaghi afirmou que Thereza estava "atônita". "Ela disse que a radioterapia acabou com ele (Pedro Collor)".
Segundo Anna Maria, Thereza disse que Fernando Collor nunca telefonou para saber sobre Pedro.
"Mas ela não demonstrou nenhum rancor com a família. Disse que Leopoldo Collor telefonou duas vezes. Na primeira, falou com Eduardo. Na segunda vez, na última quarta –aniversário de Pedro– ele ligou de novo, mas não pôde falar com Pedro", afirmou.
Segundo Eduardo Costa, os filhos de Pedro, Fernando, 11, e Vítor, 8, ainda não sabem da morte do pai. Eles estão em Maceió (AL), com a família de Thereza.

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