São Paulo, quarta-feira, 21 de dezembro de 1994 |
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Deputado atribui denúncias ao tumor
DANIELA PINHEIRO
"Collor sabe agora porque o irmão fez aquilo com ele. Já eram os efeitos dos tumores, localizados na parte do cérebro que comanda a afetividade, a palavra e a censura", disse Jefferson sobre as denúncias de corrupção feitas por Pedro contra o então presidente. Na época das denúncias, Pedro Collor fez exames no cérebro para contestar as acusações de que ele estaria com problemas mentais. Os exames mostraram que o empresário não tinha qualquer tumor, mas apenas um angioma (um coágulo) provocado por má-formação dos vasos sanguíneos. O angioma não tem nenhuma relação com o câncer que o matou. O ex-presidente decidiu não ir ao enterro de seu irmão, marcado para as 17h de hoje, em Maceió. O motivo da ausência, segundo amigos próximos ao ex-presidente, seria evitar um conflito com a mulher de Pedro, Maria Thereza. Apesar da cunhada ter declarado publicamente que a presença do ex-presidente seria bem-vinda, não seria bem esta sua posição pessoal. No começo da tarde de ontem, Collor chegou a telefonar para o governador de Alagoas, Geraldo Bulhões, confirmando sua ida ao enterro de Pedro. Mas depois mudou de idéia. Às 18h, Collor comunicou a seu amigo Luiz Estêvão que não seria preciso preparar o jatinho para viajar. Até então, o avião estava à disposição do ex-presidente para deixar Brasília a qualquer momento. A irmã mais velha, Ledinha, também não vai ao enterro por estar se recuperando de uma pneumonia. Por causa da morte do irmão, Collor também cancelou a viagem que faria a Aspen (EUA). Ele deve passar as festas de fim-de-ano na Casa da Dinda com os filhos, Arnon Affonso e Joaquim Pedro, e a mulher, Rosane. Texto Anterior: Escassez de equipamentos preocupa as Forças Armadas Próximo Texto: Corpo deve chegar hoje de manhã a SP Índice |
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