São Paulo, quarta-feira, 21 de dezembro de 1994 |
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Feldmann vai rever projeto de despoluição do rio Tietê
EMANUEL NERI
Segundo Feldmann, o atual projeto é mais uma obra de saneamento do que ambiental. O projeto está orçado em R$ 2 bilhões. Fleury prometeu concluir parte da obra antes do final de seu governo. Feldmann foi um dos três novos secretários indicados ontem pelo governador eleito Mário Covas. Os outros dois são Plínio Assmann (Transportes) e Sérgio Barbour (Esportes, Turismo e Lazer). Ao anunciar os novos secretários, Covas se queixou das reservas orçamentárias que Fleury está deixando. Segundo ele, sobram apenas R$ 300 milhões para investimentos em 1995. "Não vai sobrar nada", afirmou Covas. Por causa desses aumentos, segundo Covas, outras categorias profissionais, como professores e pessoal de saúde, só terão reajuste salarial quando forem criados novos recursos. "Não dá para fazer mágica", afirmou. Ele concordou com avaliação de seu secretário de Energia, David Zyllbersztajn, de que hidrelétricas como as de Canoas 1 e 2, iniciadas no governo Fleury, estão superfaturadas. "Onde houver superfaturamento, ele (o contrato) será revisto", declarou. Disse que cada setor de seu governo está autorizado e "tem obrigação de rever" todos os contratos superfaturados. Segundo Zylbersztajn, o custo das usinas de Canoas 1 e 2, no rio Paranapanema, é o mais caro do mundo. Enquanto o megawatt-hora da usina de Xingó, no Nordeste, custa U$ 30, o preço do de Canoas é US$ 150,00. O futuro secretário de Transportes disse que, por falta de investimentos, não há condições de privatizar a Fepasa, uma das empresas mais deficitárias do Estado. A Folha tentou falar com o governador Fleury, mas até as 21h sua assessoria não respondeu. Texto Anterior: Integração regional Próximo Texto: Betinho pede que bancos doem alimentos Índice |
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