São Paulo, quarta-feira, 21 de dezembro de 1994
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UPF deverá ser extinta hoje

VIVALDO DE SOUSA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O CMN (Conselho Monetário Nacional) deve aprovar hoje o fim da UPF (Unidade Padrão de Financiamento).
A UPF é o principal indexador dos financiamentos habitacionais e está congelada desde julho, quando foi criado o real. É com base neste indexador que o SFH estabelece limites para os empréstimos com recursos da caderneta de poupança e os valores dos imóveis que podem receber financiamento.
A proposta vai ser apresentada pelo presidente do Banco Central, Pedro Malan, futuro ministro da Fazenda.
A medida poderá reduzir o valor real dos financiamentos de imóveis para a classe média.
Os valores de financiamento pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação) serão fixados em reais. Hoje, o valor máximo é de 7.500 UPFs (R$ 56,4 mil), mas o valor do imóvel não pode superar 15 mil UPFs (R$ 112,8 mil).
Os limites atuais já são considerados baixos pelo mercado imobiliário. Se o candidato a mutuário não dispõe de uma poupança própria razoável, dificilmente consegue comprar um imóvel no padrão desejado. Acaba sendo obrigado a procurar um imóvel de padrão mais baixo, porém compatível com o limite de financiamento.
Os demais itens da pauta da última reunião do CMN este ano ainda estavam sendo discutidos ontem à tarde.
A reunião do Comoc (Comissão Técnica da Moeda), um dos órgãos de apoio ao CMN, começou às 16h e até as 19h não tinha acabado.
O fim da UPF é mais uma medida no caminho da desindexação da economia. O governo vem estudando ainda mudanças na Ufir (Unidade Fiscal de Referência), que em 95 deverá ser trimestral e depois semestral, alterações na TR (Taxa Referencial) e antecipação do fim do reajuste automático dos salários pelo IPC-r.

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