São Paulo, quarta-feira, 21 de dezembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Jornalista rebate críticas

JANIO DE FREITAS
DO CONSELHO EDITORIAL

Engana-se o professor Francisco Weffort. Ainda que só por dever de ofício, li, sim, os seus artigos na Folha. Relutei, retardei, mas acabei lendo. E desta maneira desde muito antes da campanha eleitoral. Mais precisamente, desde a notável entrevista em que o cientista político e eminência petista Francisco Weffort, já com a CPI descobrindo o diabo nos porões do collorismo, dizia que sem Collor o Brasil não tinha salvação.
Ainda bem que o comando petista aprendeu com o caso Erundina/Itamar, provando que às vezes até ele aprende, e não criou um tolo caso Weffort. Mas se a coincidência entre pontos programáticos de dois candidatos justifica, por si só, que assessores do derrotado se bandeiem para o governo do vitorioso, por que o professor Weffort criticou por tanto tempo a infidelidade partidária, o oportunismo, o fisiologismo?
Dispenso a resposta. Sob a condição de que o professor não diga mais que não me considera jornalista respeitável. Com a respeitabilidade fisiológica que ele adquiriu, sua descoberta ameaça a persistência dos meus leitores e o meu emprego. Espero que os Frias não o tenham lido.

Texto Anterior: Weffort ataca Janio de Freitas
Próximo Texto: Desejo pode ser uma armadilha
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.