São Paulo, quarta-feira, 21 de dezembro de 1994
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Veja como criar programas multimídia

MARIA DA GRAÇA PIMENTEL; EDSON MOREIRA; DANIEL MANZATO; FABRICIO LAGUNA; MARCELO COUTO; MARCIO GALLI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Quando se fala em uso de multimídia, se pensa em um conjunto de sistemas que envolve um micro, uma placa de som com alto-falantes e, provavelmente, um toca-CD.
Quando se fala em produção de multimídia, o cenário é um pouco diferente. O produtor de aplicações precisa de um ferramental mais sofisticado que o do usuário final. Isto envolve tanto equipamento quanto software, que varia em complexidade, dependendo do resultado desejado.
A produção de uma enciclopédia em CD, por exemplo, é um processo complexo, envolvendo a utilização de texto juntamente com imagens paradas e em movimento, áudio e gráficos animados.
O manuseio dessas mídias e a possibilidade de dispor de interatividade exigem ferramentas especiais de desenvolvimento. Um bom ambiente de desenvolvimento de aplicações de multimídia deve ter placas de vídeo para transferência de imagens entre câmeras e computadores, placas de manipulação de som, leitor e gravador de CD, scanners de alta resolução e muito, muito software.
Além dos pacotes testados (leia textos abaixo), existem muitos outros com características semelhantes ou que podem adicionar funcionalidades interessantes às aplicações. Não se pode esquecer do principal: a arte do projetista.
Mão na massa
Hoje em dia, com um pouco de software e equipamento relativamente simples já é possível produzir apresentações de multimídia em casa. O produtor deve ter em mente quais os requisitos esperados pelo usuário final e qual o equipamento disponível para a reprodução da apresentação.
Isto tem implicações em termos de projeto e de custos, principalmente quando se espera que a apresentação seja mostrada em lugares diferentes, exigindo grande mobilidade do sistema.
A gravação em CD-ROM é sempre interessante, pela versatilidade. Os custos envolvidos na produção, no entanto, são um claro inconveniente –um gravador de CD custa alguns milhares de reais.
Restam duas opções: executar direto no micro, via disco rígido, ou passar para videocassete. Se a aplicação for interativa não existe alternativa; o micro é essencial. Sistemas educativos, por exemplo, podem ser desenvolvidos dessa forma a custos baixos.
No entanto, para apresentações onde o usuário não interage com a aplicação, passar o seu conteúdo para uma fita de vídeo é uma opção bastante interessante. E barata.
Há placas codificadoras (por exemplo a TVCoder, da Creative Labs, a R$ 200) que executam a tarefa com qualidade razoável.
O custo é mínimo e as apresentações são facilmente transportadas e executadas para grande platéia com uma só cópia. Podem ser reproduzidas à vontade, sem equipamento computacional específico ou pessoal especializado.
(Maria da Graça Pimentel e Edson Moreira)
Colaboraram Daniel Manzato, Fabrício Laguna, Marcelo Couto e Marcio Galli

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