São Paulo, quarta-feira, 21 de dezembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

China condena à morte grupo de "onze vendedores de mulheres"

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

China condena à morte grupo de onze vendedores de mulheres
JAIME SPITZCOVSKI
A China condenou à morte 11 pessoas acusadas de sequestrar e vender 102 mulheres a seus eventuais maridos. O grupo acumulou 250 mil yuans (US$ 29.411) ao negociar as escravas por preços que variaram de 800 yuans (US$ 94) a 4,5 mil (US$ 530).
Como fregueses, agricultores de 70 vilarejos nas províncias de Anhui, Shanxi e Mongólia Interior, algumas das regiões mais pobres da China. As mulheres custavam mais do que o salário médio em Pequim, de 500 yuans.
Foram condenadas as 48 pessoas que formavam a quadrilha. Entre elas, há 17 mulheres, a mais velha com 61 anos e a mais nova, 21. As penas, além do tiro na nuca, variaram de prisão perpétua até no máximo 19 anos na cadeia.
Os sequestradores abordavam suas vítimas principalmente em estações de trem e levavam-nas a um hotel com promessas de trabalho em fábricas de remédios ou roupas. Depois, as mulheres eram enviadas aos vilarejos onde eram compradas por seus maridos.
Trata-se do caso mais sério de sequestro (no país), envolvendo o maior número de acusados e a quem foram impostas as mais pesadas punições, comentou a publicação chinesa Women's News (Notícias das Mulheres). A polícia descobriu a rede em 1992 e gastou mais de um ano em investigações.
A China executou quatro pessoas responsabilizadas pela produção e venda de licor adulterado que matou 15 consumidores, noticiou ontem o Diário do Povo, jornal oficial do PC chinês. Mais de 100 chineses foram hospitalizados depois de tomarem a bebida falsificada.

Texto Anterior: EUA têm novo déficit
Próximo Texto: Economia latino-americana cresce 3,7% no ano
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.