São Paulo, domingo, 25 de dezembro de 1994
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ENTENDA A CRISE MEXICANA

ACORDO
Em 1988, o governo mexicano fez um pacto com lideranças de trabalhadores e de empresários para controlar a inflação e estabilizar a economia
ÂNCORA
A paridade do peso mexicano em relação ao dólar oscilava dentro de certos limites rígidos (o que se chama de "bandas"). O Banco do México (banco central) mantinha as cotações comprando e vendendo moeda
COMÉRCIO
O peso forte frente ao dólar favorece as importações e encarece as exportações, mas o déficit comercial (mais importação que exportação) era compensado pela entrada de investimentos externos
RESERVAS
Com a entrada de dólares, o México acumulou reservas. Na Bolsa mexicana, 50% dos investimentos são de estrangeiros
CRISE POLÍTICA
Este quadro de escassez de dólares foi ainda agravado pela crise política. A sucessão presidencial foi marcada pelo assassinato do candidato do governo e pela revolta de camponeses na região de Chiapas. A situação social piorou com o desemprego.
FUGA DE CAPITAIS
A fuga de capitais do país se acentuou. Como um déficit nas contas externas projetado em US$ 25 bilhões para 94, a saída de dólares tornou-se dramática. As reservas caíram de US$ 24,6 bi, em janeiro, para US$ 14 bi, em novembro
NOVA QUEDA
Em dezembro o país voltou a perder investimentos e as reservas caíram para U$ 6,5 bilhões
DESVALORIZAÇÃO
O governo tenta manter o sistema de "bandas", ampliando o limite de variação em 15%. A pressão continuou e o governo liberou a cotação do peso
NOVO PACTO
O dólar subiu mais de 40% e pressionou os preços. Agora, o governo tenta conter a inflação com congelamento negociado

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