| São Paulo, domingo, 25 de dezembro de 1994 |
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Anjos, ovos e otários Doce surpresa Lançado em maio no Brasil, o ovo com surpresa viciou adultos e crianças (acima). A razão da Kindermania está no conteúdo do ovo e não no confeito, doce demais. Gente feita montou e colecionou brinquedinhos e até usou a cápsula que os envolve como porta-moeda. Sucesso há 20 anos no exterior, o produto sumiu das padarias no auge das vendas, por não resistir ao verão. Em 95, a italiana Ferrero, terceira maior do mundo no setor, ataca de embalagem adequada ao clima e novas miniaturas. "Kinder Ovo" passou a designar greve-surpresa e o ex-governador Espiridião Amin. Aleluia! Mônica Buonfiglio (dir.) virou a fé e o consumo com "Anjos Cabalísticos". Vendeu 200 mil exemplares. O negócio do céu aposenta duendes e rende à moça R$ 240 mil/mês. Ver ou não ver "Olho Mágico" (esq.) arrebentou na Bienal do Livro e dividiu o país entre os que vêem e não vêem. Lançado há dois anos nos EUA, o livro de desenhos que formam figuras tridimensionais liderou aqui o ranking de não-ficção. Em setembro, o segundo volume bisou a performance. Bastam dois olhos e muita paciência para ver as imagens geradas por computador, dizem especialistas. Impacientes queixam-se da dor de cabeça que coroa as tentativas. Crianças entram fácil no mundo de 3D. Texto Anterior: Anjos, ovos e otários Próximo Texto: Alvorada lá no morro Índice |
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