São Paulo, quinta-feira, 29 de dezembro de 1994
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Albano Franco deixa CNI após 14 anos

DA SUCURSAL DO RIO

O senador Albano Franco (PSDB-SE), governador eleito de Sergipe, deixou a presidência da CNI (Confederação Nacional da Indústria), após 14 anos de gestão.
O novo presidente da entidade é Mário Amato, ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que vinha respondendo interinamente pelo cargo desde abril, quando Franco se licenciou para disputar a eleição.
Amato disse ontem, durante o almoço que marcou a despedida de Franco, que não deverá haver no começo de 95 pressões do setor industrial sobre os preços. Para ele, a futura ministra da Indústria e Comércio, Dorothéa Werneck, já tem experiência em negociações com empresários e trabalhadores e irá administrar pressões.
Amato disse ainda que 95 deve ser marcado pelo aumento dos investimentos empresariais, desde que a inflação se mantenha sob controle e que o custo do dinheiro seja compatível com a possibilidade de retorno dos investimentos.
O presidente da CNI só se torna mais crítico quando fala da política cambial. Para ele, a crise mexicana deve fazer os "teóricos economistas compreenderem que o que fica é o saldo comercial".
Amato disse que ou o governo muda a política cambial, para evitar o encarecimento dos produtos brasileiros, ou desonera as exportações de impostos e entraves burocráticos para aumentar a competitividade dos produtos.
As vendas industriais brasileiras cresceram este ano 7,5%, o melhor resultado dos anos 90, segundo estimativa da CNI. Segundo a entidade, a produção cresceu 7%, pouco menos que em 93.

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