São Paulo, quinta-feira, 29 de dezembro de 1994
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Para CUT, abono é 'paliativo'

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

O abono de R$ 15 ou R$ 16 sobre o salário mínimo, proposto pelo presidente Itamar Franco a FHC para ser pago em janeiro, é apenas "um paliativo", na opinião do presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho.
Ele disse que passou a concordar com esse abono, como um primeiro passo, depois que Itamar esclareceu, em reunião anteontem em Brasília, que não deixaria os aposentados de fora.
Vicentinho disse esperar que FHC aceite a proposta de Itamar.
O presidente-licenciado da CGT, Canindé Pegado, disse que o valor do abono é "irrisório". Mas condicionou a participação das centrais sindicais na comissão que vai discutir reformas na Previdência Social à sua concessão pelo presidente eleito.
"Pelo que percebi, o futuro presidente não está muito disposto a dar nem sequer esse abono. Se isso for verdade, não vamos discutir Previdência com o seu governo", disse Pegado.
Vicentinho afirmou ainda que, durante a reunião de anteontem, Itamar se dispôs a sancionar a Convenção 158 da OIT, que torna mais difícil as demissões.
Itamar se propôs também, segundo Vicentinho, a conversar com a direção da Petrobrás para que o acordo com os petroleiros seja cumprido.

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