São Paulo, quinta-feira, 29 de dezembro de 1994
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Falta de água vai atingir litoral de SP

DA FOLHA VALE E DA REPORTAGEM LOCAL

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) confirmou ontem que vai faltar água nas cidades do litoral norte do Estado no réveillon.
O abastecimento de água deve ser normalizado a partir de 5 de janeiro, segundo a Sabesp.
Há previsão de desabastecimento principalmente em Caraguatatuba (190 km a leste de SP).
Em Ubatuba (233 km a leste de SP), hotéis e restaurantes estão aumentando seus reservatórios para não ficar sem água no feriado.
Segundo a Sabesp, o problema será provocado pela superpopulação. As cidades do litoral norte devem receber cerca de 2 milhões de turistas no réveillon.
O prefeito de Caraguatatuba, Sidney Trombini (PMDB), disse que pediu reforço de caminhões-pipa para evitar transtornos a moradores e turistas.
O litoral norte terá cinco caminhões-pipa no feriado. A prioridade será o abastecimento de hospitais e cadeias públicas.
Ao contrário dos anos anteriores, a Sabesp não fará nenhuma campanha para pedir aos consumidores que economizem água durante o feriado.
O assessor de imprensa da empresa, Adroaldo Andrade, disse que "a população do litoral norte e os turistas já sabem que devem economizar água durante a temporada".
Moradores e turistas poderão comunicar casos de falta de água pelo telefone 195, da Sabesp.
Em São Paulo, a Sabesp está avaliando a possibilidade de suspender o racionamento de água nas zonas sul, oeste, leste e região central da cidade em janeiro.
Desde o dia 3 de novembro, o racionamento de água atinge 5 milhões de pessoas em 450 bairros da Grande São Paulo.
Ontem, tanto a represa Guarapiranga (que abastece as zonas sul e oeste e a região central) quanto o sistema do Alto Tietê (que abastece a zona leste) atingiram seus maiores volumes desde que foi implantado o racionamento.
A Guarapiranga estava com 36,9% de seu volume normal e o Alto Tietê, com 32,7%. Para que o rodízio seja suspenso, é preciso que as represas estejam com pelo menos 40% do volume normal.
Segundo Márcio Riscala, assessor de imprensa da Sabesp, a situação das represas que abastecem São Paulo, "passou de tempestuosa para um momento de calmaria, mas que ainda inspira cuidados".

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