São Paulo, quinta-feira, 29 de dezembro de 1994
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A serviço do Brasil; Governo FHC; Ônibus em São Paulo; Drogas sem paternalismo; Adoção de Carina; Ação da Sudene; Nova piada de português; Supra-sumo do extra bom; Nós merecemos!; Boas festas

A serviço do Brasil
"A Folha está prestando um grande serviço ao país com a campanha contra a fome. Eis o jornal sempre pioneiro, corajoso e que mais retrata nossa realidade. Não dá pra não elogiar, não dá pra não parabenizar, não dá pra não lutar por um país melhor."
Marcos Roberto Souza Brogna (Americana, SP)

Governo FHC
"No corredor do tempo, a primeira porta logo à frente é a do novo ano de 1995. Será que se abrirão janelas de esperança a partir dos novos gabinetes presidenciais? Será que o intelectualismo de Fernando Henrique saberá detectar, pela direção dos ventos, de que lado sopram as verdadeiras aspirações de um povo necessitado de quase tudo, especialmente de ética e de vergonha na política? Será que a Folha, que narcizou-se com a imagem de FHC refletida no seu próprio espelho, saberá agora abrir espaços para mostrar as possíveis discrepâncias entre o real e o prometido durante a campanha? Aguardemos, com alguma esperança."
Wilson Gonsalez (Garça, SP)

"Aplausos à contundente crítica de Gilberto Dimenstein pela ausência de ações concretas de FHC no combate à fome e a miséria. É alarmante o fracasso do neoliberalismo na América Latina. FHC não foi eleito para cumprir o Consenso de Washington."
Ernani Miura (Porto Alegre, RS)

"Tornou-se agora comum atribuir ao político uma 'qualidade' chamada 'vontade política', à qual Gilberto Dimenstein se refere no artigo de 27/12. O que é isso? Seria simplesmente aquilo que as pessoas conheciam como vontade, determinação, caráter..."
Jairo Ribeiro (São Paulo, SP)

"A propósito da entrevista do futuro ministro da Educação, Paulo Renato Souza, podemos dizer que foram as próprias universidades e faculdades isoladas que transformaram o 2º grau no que ele tem de pior hoje. O 3º grau deixou de preparar professores para atender as necessidades do 2º grau e estimulou a proliferação de cursinhos. Agora há uma excelente oportunidade para a reversão desse quadro..."
Hugo Pontes (Poços de Caldas, MG)

"O futuro ministro da Cultura, Francisco Weffort, disse que 'tanto quanto escolher entre Caetano e Chico, escolher entre FHC e Lula é uma vontade de se torturar. Fico com os dois'. Os 57% que escolheram FHC em 3 de outubro são masoquistas?"
Paulo de Souza Cavalcanti (Ribeirão Preto, SP)

Ônibus em São Paulo
"Sobre o sentimento de Natal de Ricardo Semler (25/12), o próprio articulista reconhece que não é verdadeiro o desejo de realizar a natalina viagem de ônibus pelas ruas da cidade. Mas se ele topasse o sacrifício teria que esperar, pelo menos, 30 minutos em pé num ponto qualquer pela condução. Ela chegando, teria que contar com a benevolência do motorista de encostar o veículo na parada. Subindo no ônibus (que, não é segredo para ninguém, é um chassi de caminhão), iria disputar um espaço entre os passageiros em pé. Suportaria o ronco do motor dianteiro (que é uma vergonha) e os solavancos histéricos do condutor (que me perdoe a categoria, mas nove em cada dez motoristas não têm condições emocionais para conduzir passageiros). Tudo isso superado, iria se agarrando firme numas tubulações meladas de sujeira, atravessando nossos incorrigíveis congestionamentos e, se tentasse ver a cidade, ficaria surpreso com as janelas turvas de poeira..."
Davi Molinari (São Paulo, SP)

Drogas sem paternalismo
"Sou favorável a um tipo de responsabilização do usuário de drogas. Qualquer pessoa de 14 anos tem consciência do certo e errado. Quem consome drogas alimenta as redes de tráfico e crime. Chega de paternalismo e psiquiatrização de problemas."
Ageu Heringer Lisboa (São Paulo, SP)

Adoção de Carina
"Concordo inteiramente com a sra. Angela Cristina (Painel do Leitor, 24/12). Exigimos uma explicação."
Alberto Apolinário (São Paulo, SP)

Ação da Sudene
"O leitor Fernando de Sampaio Barros, na edição de 25/12, a título de criticar o ministro da Fazenda, investe contra a Sudene como se esse órgão fosse culpado pelas graves dificuldades econômicas vividas pelo país. Queremos esclarecer que a Sudene tem prestado relevantes serviços ao Nordeste, apesar de em seus 36 anos de existência só ter podido investir na região em torno de US$ 6 bilhões apenas."
Rubens Coelho (Mossoró, RN)

Nova piada de português
"Ao ler, com grande surpresa, dia 1/12, a reportagem em que se refere que jornais portugueses atribuem o suicídio de duas jovens à exibição da novela 'A Viagem', um turbilhão de idéias aflorou-nos à mente. Por que os senhores analistas não se perguntaram as causas da rejeição das meninas pelos pais e quiçá pela sociedade? Por que a imprensa portuguesa não se questiona se essa rejeição estaria se perpetuando no orfanato? Será que os brilhantes jornalistas têm um mínimo de conhecimento da fisiopatologia dos distúrbios mentais que estavam acometendo as jovens? Será que não são capazes de compreender que pessoas tão doentes podem interpretar o que vêem de forma equivocada? Deixamos aqui, a nossa última pergunta, dirigida ao professor Houaiss: como haveremos de unificar as nossas vírgulas, se os irmãos lusitanos não conseguem nem assistir nossas novelas sem inquietude? Está parecendo, com o perdão da palavra, uma nova piada de português."
José Simon Camelo Jr. (Ribeirão Preto, SP)

Supra-sumo do extra bom
"Tenho lido boquiaberto as crônicas da colunista Barbara Gancia. A infeliz insiste, com seu português paupérrimo, em emitir sua opinião a respeito dos fatos e falácias do dia-a-dia da vida brasileira com se seus conceitos e acepções fossem a essência da verdade. Só ela sabe, só ela faz, só ela entende. É o supra-sumo do extra bom. E nós? Nós, a seu ver, somos os ignorantes, tolos, analfabetos que devemos ler e aplaudir seu belo 'trabalho literário'. Quando emitimos nossa opinião para o público devemos fazer com elegância."
Valdomiro Luiz Pinto (Guaratinguetá, SP)

Nós merecemos!
"A todos aqueles que lutaram para que este ano fosse melhor que os outros; a todos aqueles que acreditaram num país melhor; a todos aqueles que não se deixaram abater com a impunidade existente num país ainda tão desigual; a todos aqueles que ainda conseguem sorrir, amar nosso país e olhar para nossos menores de rua com ternura; a todos aqueles que, apesar dos obstáculos, optaram por continuar lutando e acreditando que em 1995 haverá melhores condições de vida, mais justiça social e mais calor humano; a vocês desejo que o ano novo seja o prenúncio de um mundo melhor e que haja mais força e esperança a todos nós. Afinal de contas nós merecemos!"
Alessandra Roberta Tamoyo (Guarulhos, SP)

Boas festas
A Folha agradece e retribui as mensagens de boas festas que recebeu de: Banco Bradesco S/A; Sistema Brasileiro de Televisão; Nestlé; Odebrecht; Shell; Erli Rodrigues, diretor regional para a América Latina da American Airlines; Acesita; Katsuyshi Tanaka, cônsul-geral do Japão; Editora Brasiliense; Subaru; Lada; Francisco Dornelles, deputado federal; Pinheiro Neto Advogados; José Nêumanne Pinto; Bolsa de Imóveis do Estado de São Paulo; Grupo Fenícia; Gabinete de Arte Raquel Arnaud; Ajinomoto; Central de Comercialização Imobiliária Integrada; Associação Paulista de Albergues da Juventude; Wadih Mutran, vereador em São Paulo; Galeria Luisa Strina; Futura Propaganda; Giovanni Comunicações; Presépio Hidráulico de Tubarão-SC; Mauro Guimarães.

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