São Paulo, terça-feira, 1 de fevereiro de 1994 |
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Hotéis do Rio esgotam lotação para o Carnaval
JOÃO BATISTA DE ABREU
A informação foi dada ontem pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Alfredo Lopes, para quem a taxa de 100% de ocupação não acontecia há pelo menos cinco anos. Segundo ele, desde o início de janeiro os hotéis da orla marítima já estavam com as reservas esgotadas para o Carnaval. O presidente da Abih atribui a procura a uma série de ações conjugadas como o Movimento Viva Rio, as campanhas promocionais em São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Triângulo Mineiro e cidades do interior de São Paulo. "O réveillon também serviu como grande alavancagem. Tivemos 2,5 milhões de pessoas na praia de Copacabana, sem incidentes", afirmou Lopes. Durante o mês de fevereiro, a expectativa é de que 80 mil pessoas visitem o Rio, proporcionando um faturamento diário de US$ 800 mil. A taxa de ocupação dos hotéis deve ficar em 70%, 20 pontos percentuais a mais do que no ano passado. Outro fator apontado por Alfredo Lopes foi a campanha publicitária desencadeada entre 15 de dezembro e 15 de janeiro, para atrair os argentinos, que respondem hoje por 30% dos turistas que visitam o Rio de Janeiro na alta temporada (de dezembro a março). A rede hoteleira gastou US$ 250 mil em passagens aéreas e folhetos e a TurisRio –empresa de turismo do governo estadual– investiu US$ 650 mil em promoções com o objetivo de recuperar a imagem da cidade, prejudicada pelo aumento da violência. Nos próximos dias os hotéis do Rio de Janeiro passarão a registrar informalmente as ocorrências policiais que envolvem turistas. O presidente da Abih explicou que o objetivo é facilitar a ação da polícia nas áreas de maior incidência de crimes contra o visitante. O registro informal não terá validade para fins de pagamento do seguro. O presidente da TurisRio, Trajano Ribeiro, vai hoje a Brasília pedir apoio financeiro ao novo ministro da Indústria, Comércio e Turismo, senador Élcio Álvares (PFL-ES), para ações de divulgação do Rio nos Estados Unidos. De acordo com Ribeiro, o governo estadual já havia liberado uma verba de US$ 5 milhões para ser aplicada em campanhas publicitárias no mercado norte-americano, que acabaram sendo suspensas. Segundo ele, a suspensão deveu-se à "supervalorização dos arrastões". Texto Anterior: Pierre Boulle morre aos 81 Próximo Texto: Viradouro defende mulheres no poder Índice |
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