São Paulo, terça-feira, 1 de fevereiro de 1994
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Viola usará protetor de boca

WILSON BALDINI JR.
DA REPORTAGEM LOCAL

O centroavante Viola está mais tranquilo. Ele não vai perder os dentes e ficar banguela. "Graças a Deus. Se perco os dentes, não saio de casa", brincou o jogador, que na partida de domingo recebeu uma cotovela involuntária de um zagueiro do Rio Branco. Viola foi a uma clínica, logo após o jogo, e deverá continuar o tratamento durante toda a semana.
O jogador, que está fazendo um tratamento à base de anti-inflamatórios para combater as dores no local, só pode se alimentar de líquidos pelos próximos trinta dias. "Estou cheio de cortes na gengiva. Não consigo engolir nada. O pior é que não poderia dar um beijo na minha namorada", brincou mais uma vez.
Viola ainda não sabe se terá condições de enfrentar o Guarani, amanhã em Campinas. "O local está inchado e estou com medo de receber uma nova pancada em cima do machucado", afirmou. Para proteger melhor o local, o departamento médico do clube já está providenciando um protetor bucal, semelhante ao utilizado no boxe.
Viola disse não querer ficar de fora deste jogo, pois sempre tem boas atuações quando joga no estádio Brinco de Ouro. "Foi lá que fiz o gol mais importante da minha carreira", afirmou o jogador, lembrando do gol que deu o último título paulista ao Corinthians, em 88. "No ano passado também decidi uma partida muito difícil no finalzinho", concluiu.
Viola não vê problemas de jogar ao lado de Casagrande, caso ele tenha condições para atuar na partida de domingo contra o Novorizontino, no Pacaembu. "O Casagrande é um grande jogador e consegue se adaptar a todos os esquemas táticos que são impostos", analisou Viola que, como Casagrande já foi artilheiro do Paulistão. Viola foi ano passado e Casagrande, em 82. (WBJr)

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