São Paulo, terça-feira, 1 de fevereiro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fed cogita subir juro nos EUA

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA

O presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), Alan Greenspan, disse ontem que "em algum momento" as taxas de juros vão subir no país, "para continuar impedindo que as pressões inflacionárias saiam do controle". O Fed não eleva as taxas de juros, que estão em seu nível mais baixo em 30 anos, desde 1989.
O presidente Bill Clinton reagiu logo às declarações de Greenspan, feitas em depoimento a uma comissão mista do Congresso. Disse que "não há qualquer evidência de que a inflação esteja voltando". A inflação nos EUA em 1993 foi de 2,7%, menor índice em sete anos. As taxas de juros baixas são consideradas o principal fator do êxito da economia norte-americana no ano passado.
Clinton também disse esperar que, se o banco central elevar as taxas de juros de curto prazo, o mercado reagirá com tranquilidade e manterá a baixas as taxas de longo prazo, em especial as de empréstimos para a compra de casas.
Greenspan não disse quando pretende aumentar os juros, mas fez questão de ressaltar que quando isso ocorrer as implicações não irão afetar a recuperação da atividade econômica registrada em 1993. Muitos economistas prevêem que a elevação será pequena.
O presidente do Fed afirmou ainda que as taxas de curto prazo estão "anormalmente baixas" e que é preciso "evitar erros já cometidos no passado, quando se esperou demais para responder a pressões inflacionárias". Ele disse que, "embora não haja sinais visíveis de crescimento da inflação", o país "não pode se dar ao luxo de ser complacente" nesse assunto. (Carlos Eduardo Lins da Silva)

Texto Anterior: Itália manda prender banqueiro
Próximo Texto: Bolsa de Tóquio dispara à espera de pacote
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.