São Paulo, quarta-feira, 2 de fevereiro de 1994 |
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Botânico dos EUA descobre novo tipo de cajá no Brasil
RICARDO BONALUME NETO
Os pesquisadores agora não se limitam a descrever a flora, "pegando os dados e mandando depois uma separata do trabalho científico"; eles procuram trabalhar em conjunto com a comunidade para desenvolver métodos racionais de manejo florestal, segundo o botânico americano Douglas Daly, que fez uma palestra ontem de manhã no Instituto Florestal em São Paulo, na zona norte da cidade. O cajá descoberto por Daly tem a vantagem de não ter espinho e pode ser uma nova alternativa de cultura para a região. O cajá é largamente consumido na Amazônia e Nordeste em sucos e sorvetes e começa a fazer sucesso também no Sudeste do país, onde chega principalmente em forma de polpa congelada. Daly é o curador de botânica amazônica do Jardim Botânico de Nova York. Desde 1980 ele desenvolve pesquisas taxonômicas (classificação científica) da flora do Estado do Acre. Para Daly, algumas áreas da floresta equatorial precisam permanecer intocáveis, mas uma boa parte dela deve ficar na posse das populações locais, que, segundo ele, são os seus melhores guardiões. Ele acha que as reservas extrativistas de culturas locais são uma boa solução como área "tampão" entre a floresta virgem e outras áreas de exploracão como pastos e agricultura intensiva. Texto Anterior: Operários 'redescobrem' porão de Niemeyer em SP Próximo Texto: Prefeitura ameaça interditar Joelma Índice |
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