São Paulo, quarta-feira, 2 de fevereiro de 1994
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ONU admite impor a paz

FERNANDA GODOY
DE NOVA YORK

O secretário-geral da ONU, Boutros Boutros-Ghali, declarou ontem seu apoio à iniciativa européia de tentar impor um acordo de paz ao governo muçulmano da Bósnia. A idéia enfrenta resistências do governo dos EUA, que não acha justo obrigar os muçulmanos, facção mais agredida, a aceitarem uma divisão territorial insatisfatória.
Boutros-Ghali disse não acreditar numa solução rápida para a crise na ex-Iugoslávia. "Precisamos ter paciência e continuar negociando, apesar das atrocidades e da comoção da opinião pública mundial", disse.
O secretário-geral confirmou ter passado a seu representante na ex-Iugoslávia, Yasushi Akashi, a responsabilidade pela autorização do uso de ataques aéreos para a proteção de tropas da ONU. Ataques com outros objetivos continuam a depender de aprovação prévia da Otan e do próprio Boutros-Ghali.
Direitos humanos
O embaixador do Equador junto às Nações Unidas, José Ayala Lasso, foi oficialmente indicado para o recém-criado posto de alto comissário da ONU para Direitos Humanos. Ayala Lasso, 62, ex-chanceler de seu país, conduziu no ano passado as delicadas negociações da 48ª sessão da Assembléia Geral da ONU para a criação do Alto Comissariado. A indicação depende de ratificação pela Assembléia Geral.

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