São Paulo, quinta-feira, 3 de fevereiro de 1994
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Vítimas querem ir à Justiça

DA REPORTAGEM LOCAL

Os moradores da região inundada do Itaim se reuniram ontem para decidir quais medidas tomariam em relação aos prejuízos e ao acidente nas obras. Segundo a arquiteta Maria Cecília Pastore, que teve seu escritório na rua Januário Miraglia invadido pela água e cedeu-o para a reunião, os moradores do bairro pedirão à Emurb e à CBPO prioridade na correta canalização do córrego e indenização para todas as pessoas que tiveram prejuízos com a inundação. Dezoito proprietários atingidos pela enchente participaram do encontro.
Hoje, uma comissão de nove moradores deve se reunir às 14h com representantes da CBPO e da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização). As empresas vão detalhar os projetos de reconstruão da galeria do córrego do Sapateiro. À tarde, uma comissão de nove moradores e o advogado João Aguiar visitam o promotor Antônio Ozório, para que ele acompanhe as negociações com a prefeitura.
Maria Cecília diz que seus prejuízos são incalculáveis. "Construí um muro de concreto para barrar as enchentes, mas a água entrou pelo esgoto. A região está ficando desvalorizada, a falta de energia é frequente e demoro uma hora para chegar ao escritório por causa das mudanças no trânsito", diz. Segundo Maria Cecília, esta é a maior enchente que ela já viu nos últimos 25 anos.
Mesbla
A Mesbla vai entrar com uma ação contra a Prefeitura de São Paulo para ressarcimento dos prejuízos causados pala cratera do Itaim. A interrupção do tráfego e as obras na região teriam provocado uma diminuição de 60% no movimento da loja que a empresa tem na região –a Mesbla Náutica.
A loja fica exatamente em frente à cratera da avenida Juscelino Kubitschek, em obras desde o dia 25 de novembro e reaberta com as chuvas do último domingo.

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