São Paulo, quinta-feira, 3 de fevereiro de 1994
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Militantes muçulmanos mandam os estrangeiros saírem do Egito

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Militantes fundamentalistas islâmicos pediram ontem aos estrangeiros que saiam do Egito. "Imploramos a turistas e investidores para que deixem o país, porque as próximas operações serão extremamente fortes e ferozes", afirma nota do Grupo Islâmico.
"Somos forçados a isso para defender nossa fé, os valores que consideramos sagrados e a nós mesmos diante dos desrespeitos à lei e aos direitos humanos representados pelo regime ditatorial de Mubarak", afirma a nota. Anteontem, sete militantes islâmicos foram mortos pela polícia.
Segundo o Grupo Islâmico, a operação foi um "massacre". Já o governo do presidente Hosni Mubarak afirma que os fundamentalistas dispararam primeiro.
O Grupo Islâmico fez uma ameaça semelhante no último mês de março. Desde então, 30 estrangeiros ficaram feridos e 2 egípcios foram mortos em pelo menos 5 ataques contra turistas.
Na Argélia, fundamentalistas islâmicos fizeram ameaças semelhantes no ano passado. Desde o fim do prazo dado pelos militantes para a saída dos estrangeiros, pelo menos 21 deles foram mortos. Desde segunda-feira, dois civis e sete militantes fundamentalistas foram mortos no país. Pelo menos 2.000 pessoas já morreram em consequência da violência política nos últimos dois anos na Argélia.

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