São Paulo, quinta-feira, 3 de fevereiro de 1994
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Opositor suspeita de investigação do governo

DA REDAÇÃO

Houve manipulação na investigação que inocentou o Exército mexicano das supostas execuções de Ocosingo, Estado de Chiapas, onde cinco corpos de rebeldes foram encontrados com as mãos amarradas e tiros na cabeça. A opinião é de Martin Longoria, secretário de Relações Humanas do PRD (Partido Revolucionário Democrático), maior opositor do presidente Carlos Salinas de Gortari.
"Os moradores sabem que houve um massacre, mas têm medo de contar", disse Longoria, que está em São Paulo para encontros com lideranças comunitárias.
Para ele, o levante do EZLN não foi surpresa. Ele disse saber de tudo desde pelo menos dezembro passado, quando esteve em um encontro indígena em Chiapas. Longoria é o designado do PRD para acompanhar o conflito.
Longoria mostrou à Folha relatórios do PRD e um vídeo independente com imagens do conflito. Entre 1988 e 1993, três líderes comunitários foram assassinados e pelo menos 25 foram presos. No mesmo período, em todo o país, pelo menos 242 membros do PRD foram assassinados e 9 desapareceram. (Sérgio Teixeira Jr.)

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