São Paulo, sexta-feira, 4 de fevereiro de 1994
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Deputados atacam programa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O programa de governo divulgado pelo PT foi criticado ontem por deputados do partido. As principais divergências dos deputados estão localizadas nas diretrizes previstas para a área econômica, como o fim do programa de privatizações, e para a área militar. Os deputados querem modificar o programa no encontro nacional do PT, previsto para abril próximo.
O líder do PT na Câmara, José Fortunati (RS), disse que o programa não agradou a seus companheiros de bancada. Fortunati discorda da utilização da moratória da dívida externa. Ele defende que a dívida seja submetida a uma auditoria internacional "séria e rápida" para apurar o valor real do débito e o quanto já foi pago. O líder não concorda com o fim do programa de desestatização e com a revisão de privatizações já feitas.
O deputado José Genoino (SP) considerou o programa superficial". Para ele, o partido deveria ter promovido debates antes da divulgação. Ele afirmou que faltou definir o modelo de Estado, as formas de distribuição de renda e de administração. Já o deputado Eduardo Jorge (SP) considerou "demagogia" a proposta de quadruplicar a verba orçamentária para a área militar. O deputado Nilmário Miranda (MG) criticou a ausência de projetos habitacionais.

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