São Paulo, sexta-feira, 4 de fevereiro de 1994
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ACM e Maluf lutam até o fim pela aliança anti-Lula

DA SUCURSAL DO RIO

ACM e Maluf lutam até o fim pela aliança anti-Lula
Governador diz ter superado divergências com Maluf
O governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães (PFL), e o prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PPR), disseram ontem que trabalharão até o último dia permitido para o registro de candidaturas a presidente numa aliança entre os dois partidos, que poderia contar também com a participação de PP, PL e PTB.
ACM e Maluf defendem que primeiro seja discutido um programa de governo comum, ficando a definição do nome do candidato como a última questão. "Sem vetos", declarou ACM. O governador, o prefeito e o ex-presidente José Sarney foram os principais convidados políticos do casamento do filho do embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Paulo Tarso Flecha de Lima, realizado ontem à noite no Rio.
ACM afirmou que as desavenças que o separavam desde 84 de Maluf, que incluíram troca de acusações de corrupção, foram superadas em nome de um "entendimento".
"Todos os políticos têm tido arestas, acusações. Não posso ficar preso no tempo. Tenho que viver a situação hoje. Quero o entendimento de todas as forças, sem exceção, para encontrar o caminho para o Brasil", disse ACM, ao lado de Maluf.
"A gente deve se sentar e encontrar um programa comum, feito, por exemplo, por ministros, governadores e lideranças dos partidos dessa aliança. PFL, PPR, PP, PL e PTB têm inúmeros nomes que podem ser candidatos. Neste caso, renuciamos até os interesses pessoais", completou o prefeito.
Maluf novamente disse que ACM é um bom nome para encabeçar uma chapa. "Se for essa a conclusão definitiva a que chegarmos, trabalharei por ele em São Paulo", afirmou. ACM replicou, dizendo que esse lançamento era apenas uma "colocação hábil" do prefeito. "Essa tese de citar nomes é um acidente. Não existem nomes no momento.", declarou o governador.

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