São Paulo, sexta-feira, 4 de fevereiro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Juíza mantém hoje leilão de ações da CPFL

DA FOLHA SUDESTE

A juíza Maria Adelaide de Campos Franco, da 9ª Vara Federal, negou ontem liminar ao Sindicato dos Eletricitários de Campinas para suspender o leilão de 144,7 milhões de ações da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) pertencentes à Secretaria Estadual da Fazenda. O leilão será realizado hoje, às 13h, na Bolsa de Valores de São Paulo.
O sindicato entra hoje com um pedido de revisão da decisão da juíza. Na segunda-feira, a categoria deve mover uma ação popular contra a venda das ações. Os deputados do PT Rui Falcão e Arlindo Chinaglia assinaram a ação junto com diretores do sindicato.
O lote de ações do leilão de hoje corresponde a 0,76% do patrimônio da empresa, o que equivale a US$ 11,4 milhões (CR$ 5,4 bilhões). O valor mínimo que deve ser obtido é de US$ 5,4 milhões, segundo a Corretora Banespa, responsável pela venda.
As pessoas ou empresas que comprarem as ações hoje não vão ter direito a voto nas assembléias de acionistas da CPFL. As ações com direito a voto vão ser vendidas na próxima quinta ou sexta-feira, quando devem ser obtidos cerca de US$ 95 milhões.
Segundo o diretor do Departamento Jurídico do sindicato, Wilson Marques de Almeida, 35, o leilão é irregular porque os deputados ainda não analisaram o veto colocado pelo governador Luiz Antonio Fleury Filho na lei que autoriza a venda das ações da empresa que pertencem ao Estado.
Com o veto, o Estado fica autorizado a vender todas as suas ações, enquanto o projeto que havia sido aprovado pelos deputados autorizava a venda de apenas um terço das ações. O processo de autorização para a venda das ações começou em junho de 93.

Texto Anterior: CNT contesta IR de pessoa física na Justiça; Presidente decide hoje situação de demitidos; Telefonia em SC pode obter empréstimo do Japão; Grupo Tarefa vai iniciar trabalhos no Rio
Próximo Texto: Empresa que não pagar Cofins será fiscalizada
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.