São Paulo, sexta-feira, 4 de fevereiro de 1994 |
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Custo de vida recua em São Paulo, apura a Fipe
MAURO ZAFALON
O recuo vai continuar, prevê Juarez Rizzieri, coordenador do IPC da Fipe. Para ele, em fevereiro a taxa deverá ser 1,5 ponto percentual inferior à de janeiro. Se confirmada esta previsão, a taxa ficaria um pouco abaixo dos 39%. Apesar da retração da taxa na última quadrissemana de janeiro, a inflação do mês passado ainda mostrou forte aceleração sobre os 38,53% de dezembro. Rizzieri diz que os mesmos fatores que fizeram a taxa disparar em janeiro estão com reversão de tendência e agora vão puxar a inflação para baixo. O principal deles é a alimentação. Com variação de preços acima da média de inflação desde o início de dezembro, os alimentos atingiram a maior alta na segunda quadrissemana de janeiro, quando subiram 46,49%, em média. Todos os grupos de produtos agrícolas pesquisados tiveram desaceleração na última quadrissemana, embora permaneçam com elevações acentuadas. A maior alta no mês foi a dos produtos "in natura" (54,3%), seguidos de industrializados (40,83%) e semi-elaborados (40,08%). No setor de vestuário, a elevação foi de 39,33%, 9,3 pontos percentuais acima da taxa de dezembro. A alta se deve à interrupção de coleta de preços no final de dezembro. Já no setor de educação, as matrículas nas universidades foram fontes de pressão no mês, com alta de 81,58%. Para fevereiro, Rizzieri prevê aumentos menores em alimentos, tarifas públicas, educação e vestuário. Neste último item devem começar as liquidações. A principal pressão virá de aluguel. A inflação acumulada nos últimos 12 meses até janeiro chegou a 2.752,9%, segundo a Fipe. Texto Anterior: Uma vergonha nacional Próximo Texto: ICMS pode elevar preços no varejo em março Índice |
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