São Paulo, sexta-feira, 4 de fevereiro de 1994
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Modelos recebem assédio na praia

SÉRGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Dezenas de modelos têm circulado pela arena do vôlei em Copacabana vestidas com shorts sumários, camisetas decotadas e curtíssimas minissaias. São as "loraburras", para os frustrados torcedores das arquibancadas, impedidos pela segurança de entrar na área reservada às modelos, ou "realezas", termo empregado pelos privilegiados cujo acesso é permitido.
Para Jaqueline Sampaio, 22, ser chamada de "loraburra", é "terrível". Ela procura não dar importância à ofensa, que parte em coro da arquibancada toda vez que uma das modelos se aproxima das quadras. "O negócio é não dar importância", ensina ela à colega Mônica Carvalho, 23.
Jaqueline e Mônica trabalham para a agência de eventos Lim Promoções. Elas vestem uniforme padrão: minissaia amarrada à cintura ao estilo canga, camisa de malha e boné. A função delas é vender fichas e cartões telefônicos.
Mônica escolheu como seu jogador preferido o argentino Perez. Impedida de praticar uma paquera explícita, ela se contenta com furtivas olhadelas. Jaqueline gosta do norte-americano Jeff Willians. "Ele é lindo, maravilhoso", disse.
Patrocinadores do campeonato também contrataram garotas bonitas para divulgar seus produtos. A Kaiser vestiu sua equipe com calções pretos, que, de tão pequenos, parecem biquínis. (ST)

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