São Paulo, sábado, 5 de fevereiro de 1994
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25 de Março celebra criatividade fashion

MARCO ANTONIO RANGEL
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Estilistas, designers e até especialistas de moda como a exigente francesa Marie Rucki, de Paris, não passam sem uma ida lá. Com pouco mais de um quilômetro de extensão, a rua Vinte e Cinco de Março, no centro de São Paulo, é um verdadeiro mercadão de curiosidades. E não apenas de moda.
Diferentemente das atrações e da decoração finas das lojas dos Jardins e shoppings, a rua se distingue pela originalidade simples de seu sistema de vendas. As lojas são simples, feias até. Há lojistas que colocam escadas na calçada, de onde gritam as ofertas do dia; alguns usam microfones; outros gravações em fitas cassete com as promoções da loja, ininterruptamente, gente batendo palma, gente cantando. Uma pequena Istambul, divertida e curiosa, cujo cosmopolitismo dita as regras do jogo: há verdadeiros feudos étnicos instalados na região: coreanos, árabes, nordestinos (os camelôs), portugueses e brasileiros rivalizam-se pelo grito mais forte e pela melhor oferta na conquista do comprador.
É muita coisa e dá mesmo para ficar atordoado. Há tecidos por quilo, montes e montes de acessórios de plástico, de festas, de plumas, de miçangas, até coisas totalmente supérfluas e divertidas que por si, já valem o passeio. A Vinte e Cinco de Março é a celebração do "faça-você-mesmo". Por isso, Atitude elaborou um roteiro com o melhor da região, dicas e sugestões de compras, bem como os melhores empórios e restaurantes de comida árabe –outras das atrações do lugar, menos famosas.
O passeio ideal à região é feito no início da semana, de preferência na parte da manhã. Atenção à bolsa, aos bolsos e aos dias de pagamento, quando a balbúrdia e a confusão aumenta. Mal dá para se andar nas calçadas. Sem falar na invasão de caravanas de lojistas e comerciantes de outras cidades. Evite também os sábados. E boas compras.

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