São Paulo, sábado, 5 de fevereiro de 1994
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Começa hoje a Cannes dos curtas-metragens

AMIR LABAKI
ENVIADO ESPECIAL A CLERMONT-FERRAND (FRANÇA)

Com dois curtas brasileiros na competição internacional e o cineasta Arthur Omar no júri, foi aberto ontem o Festival de Curtas-Metragens de Clermont-Ferrand (centro da França). É a sexta versão mundial e a 16.ª nacional daquele que já se tornou a "Cannes do curta".
Oitenta curtas de quarenta países fazem, até o próximo dia 12, a disputa deste ano. Os brasileiros são "Canal 100", de José Roberto Torero, e "Opressão", de Mirella Martinelli. O primeiro é uma divertida paródia dos cinejornais esportivos, girando em torno de um boxeador-filósofo. O segundo mimetiza o estilo mundo-cão do "Aqui Agora" para retratar uma jovem mãe de subúrbio.
Poucos nomes conhecidos participam da competição deste ano. Os principais são o britânico Nick Park, vencedor do Oscar 91 com a impagável animação "Creature Comforts", de volta agora com "The Wrong Trousers" (As Calças Erradas) e o dinamarquês Torben Skjodt Jensen, que apresenta "Le Véritable Homme Dans la Lune" (O Verdadeiro Homem na Lua), ficção em torno do pioneiro cinematográfico Georges Méliès.
Além das competições, o festival exibe três mostras paralelas principais. O foco nacional é dedicado ao curta iraniano. Um panorama temático gira em torno de "anjos e outras criaturas voadoras". Uma das revelações do final da década de 80, o sueco Roy Andersson ("Aconteceu Alguma Coisa"), merece uma retrospectiva de seus curtas.

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