São Paulo, domingo, 6 de fevereiro de 1994
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Incentivos fiscais atraem os investidores

PAULO MOTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Uma política agressiva de incentivos, possibilitada pelo saneamento das finanças públicas, transformou o Ceará num pólo de atração de investidores. Segundo o secretário da Indústria e Comércio do Estado, Antonio Balhman, até 1996 serão injetados na economia cearense US$ 3,8 bilhões através de investidores privados, recursos oficiais e órgãos internacionais.
Para atrair investidores, o governo cearense criou um mecanismo de incentivo pelo qual os recursos recolhidos com o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias são devolvidos às empresas que se instalarem no Estado, com prazo de carência de três meses. O benefício é concedido por dez anos se o investimento for no interior do Estado e seis anos na capital.
Na semana passada, Balhman e o governador do Ceará, Ciro Gomes (PSDB), negociavam com um grupo de 40 empresários de Taiwan a injeção de mais US$ 600 milhões na economia cearense. "Um protocolo de intenções já foi firmado entre os empresários e o governo cearense e, de concreto, já temos garantidos, para este ano, investimentos de US$ 200 milhões", disse Balhman.
"Tigres asiáticos"
A entrada dos chamados "tigres asiáticos" na economia cearense teve início em outubro passado, quando começou a funcionar em Acarape (70 km ao sul de Fortaleza) um pólo confeccionista totalmente financiado por um grupo de cinco empresários de Taiwan. Segundo Balhman, foram investidos US$ 100 milhões na construção de fábricas, que devem gerar 3.200 empregos diretos.
Até o final do ano, o governo cearense espera colocar em funcionamento uma fábrica de caminhões utilitários em parceria com empresários espanhóis. Entre as empresas nacionais que estão investindo no Ceará estão o grupo Votorantim (US$ 100 milhões), a Vicunha (US$ 450 milhões) e a Grendene (US$ 40 milhões). (PM)

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