São Paulo, domingo, 6 de fevereiro de 1994
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Atraso previsto; Dúvida paralisante; Cantando o blefe; Com diversificação; Por um tempo; Pelo essencial; Contra o monopólio; Plano irreversível; Pequenas e perigosas

Atraso previsto
Horácio Lafer Piva, da Fiesp, acha que, com a URV atrelada ao dólar, o plano FHC pode descalibrar o câmbio em prejuízo dos exportadores.
"Haverá uma inflação residual com a URV, o que pode prejudicar as exportações", diz Piva, que duvida da eficiência dos operadores do BC.
Dúvida paralisante
Piva diz que a dificuldade da equipe em explicar como a URV vai funcionar está provocando efeitos negativos na economia.
Ele identificou reflexos no índice de atividade.
Cantando o blefe
Piva acha que FHC não sai e atribui a confusão armada a um jogo bem articulado para aprovação do fundo de emergência.
"Mas ele esquece que está deixando os empresários e a Bolsa tensos", diz.
Com diversificação
A Marks and Spencer, a loja britânica de departamentos mais lucrativa, vai oferecer a partir do próximo ano seguros de vida e pensões.
A loja já tem uma linha de produtos financeiros.
Por um tempo
O empresário Carlos Eduardo Uchôa Fagundes diz que, por mais que o plano FHC reduza a inflação e estabilize a moeda, ele é transitório.
"Não resolve os problemas do Brasil", afirma.
Pelo essencial
Para Uchôa Fagundes, a solução passa pela reforma na Constituição, com mudanças fiscal e tributária que possibilitem aumentos de produção e da massa salarial.
"É necessário que o país volte a enriquecer", diz.
Contra o monopólio
A Anust (Associação Nacional dos Usuários de Telecomunicações) apresenta amanhã, durante reunião com líderes do PMDB, um documento em favor da quebra do monopólio da Telebrás.
Plano irreversível
Alencar Burti acha que a saída de FHC seria desastrosa para o país. E pede que o Congresso aprove o ajuste fiscal, que é fundamental para o plano.
"O plano perdeu um pouco de 'timing' e precisa de ajustes, mas não dá para voltar atrás", diz Burti.
Pequenas e perigosas
Entre 88 e 92, acidentes de trabalho mataram 4.337 pessoas nos EUA em empresas com menos de 20 empregados. Nas grandes, com mais de 2.500 funcionários, o número de mortos foi de 127.
A comparação é do "The Wall Street Journal", a partir de dados oficiais.

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