São Paulo, domingo, 6 de fevereiro de 1994
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Companhia passa por vários 'choques'

DA REPORTAGEM LOCAL

Companhia passa por vários "choques"
A Acesita privatizada foi submetida a sucessivos choques, conta o presidente Wilson Brumer. O primeiro: a empresa foi obrigada a tornar-se estritamente profissional e necessariamente lucrativa, em respeito aos acionistas. A empresa passou da condição de estatal -pertencente à "viúva", que topa tudo- a uma companhia sem dono, tal a quantidade de acionistas.
A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, é o principal acionista, mas tem apenas 20% das ações ordinárias, que dão direito a voto. Depois, vêm a Sistel, fundo dos empregados da Telebrás, com 16%, e os funcionários da Acesita, através de um clube de investimento, com 12%. Todos os demais têm menos de 10%.
"O respeito a todos os acionistas é novidade mesmo no caso de empresas privadas, que normalmente têm um só dono", comenta Brumer, que passa boa parte de seu tempo prestando explicações aos acionistas.
Outro choque foi o da competitividade. A empresa tinha e continua tendo o monopólio nacional do aço inox, seu principal produto, responsável por 46% do faturamento. Mas a meta é tornar-se competitiva no exterior, o que Brumer espera acontecer por volta do final de 1995.
No momento, a Acesita responde por 30% do inox comercializado na Argentina. A meta é chegar a 50% neste ano. Por isso, a Acesita instalou-se em Buenos Aires, com sócios locais.
A Acesita também está investindo, com recursos próprios, US$ 35 milhões para sanar problemas ambientais na fábrica e seus arredores, no município mineiro de Timóteo.
A empresa, como diz Brumer, está crescendo em torno de si mesma: melhorando produtos, introduzindo novidades, como a de entregar o aço já cortado para os clientes.

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