São Paulo, domingo, 6 de fevereiro de 1994
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Para russo, brasileiros não têm lado fraco

JAIR RATTNER
ESPECIAL PARA A FOLHA

A principal característica do jogador Sergei Iuran, o centroavante da seleção russa, é a força. Sem marcar muitos gols, sua função é de pivô do ataque. Iuran, 24, nasceu na Ucrânia, mas adotou a nacionalidade russa com o fim da União Soviética. Um dos 14 jogadores que abandonaram o time russo, diz que só volta à seleção caso o atual técnico, Pavel Sadyrin, seja demitido. (JR)
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Folha - Caso você retorne, como encara a estréia, contra o Brasil?
Sergei Iuran - Penso que não vai ser uma partida fácil. O Brasil tem uma boa equipe. Acho que vamos fazer um grande jogo.
Folha - Você concorda que é o grupo mais difícil da Copa? Quem acha que se classifica?
Iuran - Hoje todo mundo joga futebol e o nosso grupo é tão difícil como os outros, mas nós temos uma boa seleção. Eu penso que vão passar para a segunda fase o Brasil e a Rússia.
Folha - O futebol russo mudou desde o fim da União Soviética?
Iuran - Não mudou muito. Esta seleção já jogou junto no Copa Européia de Seleções (em 1992) e quase todos os jogadores permaneceram como russos. Eu penso que vamos ter um bom jogo, porque muitos jogadores estão em clubes europeus, aprenderam muito e se profissionalizaram.
Folha - Os problemas políticos na Rússia vão influir na seleção?
Iuran - Não sei o que acontece com os outros jogadores. Eu não gosto de confundir futebol com política.
Folha - O que você acha da seleção brasileira?
Iuran - É um bom time, não tem lado fraco. Todos os jogadores têm boa técnica, são rápidos e é o time favorito.

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