São Paulo, domingo, 6 de fevereiro de 1994
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Comprar casa no exterior é bom negócio

DA REDAÇÃO

Um imóvel de dois ou três quartos, financiamento de 95% da dívida, 25 anos para pagar e juros de 7% ao ano. Essa fórmula –sonho, para a classe média brasileira, ansiosa pela casa própria– pode ser usada na compra de apartamentos em cidades como Londres, Nova York, Paris ou Miami –e se transforma em alternativa de investimento.
Seguindo uma tendência mundial de recuperação do setor da construção civil, depois de dois ou três anos de "apertos", os mercados imobiliários dessas cidades ainda apresentam condições favoráveis à compra por estrangeiros. De olho nesse dinheiro, principalmente depois da liberação, em outubro, pelo Banco Central, da compra de moeda estrangeira para remessa nesses casos, imobiliárias e contrutoras brasileiras intensificam a operação no exterior e oferecem balcões de vendas em São Paulo. Embora os preços do metro quadrado em outros países estejam bem acima dos valores no Brasil, a procura, segundo as imobiliárias, tem aumentado, principalmente em Miami.
Como informa Oscar Pillagallo (pág. 10-10), as oportunidades de bons negócios podem começar por Londres, cujo mercado hoje vive situação peculiar com a ameaça de agravamento da recessão. Isso está levando empresas de corretagem e bancos britânicos a facilitarem a compra de imóveis. Com juros de cerca de 7% ao ano, é possível comprar um apartamento em bairro de classe média por cerca de US$ 130 mil, com entrada de cerca de US$ 10 mil, financiamento de até 95% do valor total em 25 anos.
Em Nova Yorque, de acordo com Fernanda Godoy (pág. 10-2), os juros de financiamentos para compra de apartamentos descem a 3,8% ao ano e vão a 7,3% para empréstimos de longo prazo (30 anos).
Ainda nos EUA, a Flórida se apresenta como alternativa de compra, com bancos financiando até 75% do valor do imóvel. Em Miami, o comprador pode optar por produtos brasileiros, de empresas como Edel –que lançou prédio com a grife Pacco Rabanne– ou a JHS, que contrói o Vila Brickell.
Em Paris, onde os preços médios são altos, houve queda de 15% a 30% nos valores nos últimos dois anos. Apartamentos antigos e reformados custam cerca de 20% menos do que imóveis novos, informa Fernanda Scalzo (pág. 10-10).

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