São Paulo, terça-feira, 8 de fevereiro de 1994
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Quatro crianças são soterradas no ABCD

DA FOLHA ABCD

Quatro crianças morreram ontem no ABCD vítimas da chuva que atingiu a região e que durou 17 horas, segundo o Corpo de Bombeiros. Ontem, os bombeiros receberam 40 pedidos de socorro. A região teve ainda cerca de 30 famílias desabrigadas e houve falta de energia elétrica nas quatro maiores cidades do ABCD.
Em São Bernardo, a cidade mais afetada pelas chuvas, Letícia de Lima, 5, e Zaine de Souza Lima, 3 meses, morreram soterrados quando um barranco desmoronou sobre os barracos em que viviam, no Jardim Silvina. No sábado, no mesmo local, o menino Gilvan Alves Barbosa havia sido soterrado em outro desabamento. Há pelo menos dez casas em área de risco no local.
As outras duas mortes ocorreram em Santo André, na área conhecida como "Corredor Polonês", no caminho para Paranapiacaba. Josileine Moura da Silva, 6, e Eliane Moura da Silva, 8, foram soterradas por volta das 3h30 de ontem no Jardim Joaquim Eugênio de Lima. A mãe, Luzia Moura, 30, e sua filha Franciele da Silva, 3, feriram-se levemente.
Desabrigados
Pelo menos 30 famílias do ABCD estão desabrigadas devido à chuva. Em Diadema, a prefeitura removeu 15 famílias de áreas de risco ou com perigo de sofrerem desabamentos. Em Santo André, a chuva atingiu cinco bairros, desalojando 50 pessoas. São Bernardo teve também 50 desabrigados, e Rio Grande da Serra recebeu e alojou 14 moradores de Santo André que vivem na divisa com a cidade.
Em São Bernardo, os bairros afetados são Jardim Silvina, Jardim Lavínia, Vila São José, Jardim Cláudia e Jardim Nazaré. De sábado até ontem, foram registrados na cidade dez desabamentos, segundo Epifânio Feliciano da Silva, da Defesa Civil da cidade. A prefeitura informou, através da assessoria de imprensa, que estuda a transferência das famílias desalojadas para um terreno do município. Foram distribuídos alimentos, colchões e telhas nos locais atingidos.
Em Santo André, que no sábado havia removido 40 pessoas para o núcleo da Vila Sá, 14 moradores foram removidos pela Prefeitura de Rio Grande da Serra. Eles moravam na divisa entre as duas cidades.

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