São Paulo, terça-feira, 8 de fevereiro de 1994
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Guerrilha ataca no sul do Líbano e mata quatro soldados israelenses

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Quatro soldados israelenses morreram e cinco ficaram feridos ontem em um ataque guerrilheiro na zona de segurança ocupada por Israel no sul do Líbano. Depois do atentado –o pior dos último seis meses–, aviões israelenses bombardearam a área duas vezes.
A Resistência Islâmica, ala armada do grupo guerrilheiro pró-Irã Hizbollah, assumiu a autoria do atentado. As cidades de Jarjou e Ain Qana (40km ao sul da capital, Beirute), controladas pelo Hizbollah, foram bombardeadas por aviões do Exército de Israel.
Os guerilheiros reagiram aos bombardeios e lançaram 22 mísseis Katiusha contra a cidade de Marjayoun, onde as tropas israelenses da zona de segurança de 12 km no sul do Líbano estão instaladas. O incidente é o mais grave desde 19 de agosto do ano passado, quando nove soldados foram assassinados.
No Cairo (Egito), o líder da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), Iasser Arafat, se reuniu na noite de ontem com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Shimon Peres. Peres disse levar "posições firmes e tremenda boa vontade" para a reunião com Arafat. "Viemos com as melhores intenções, portanto devemos ter sucesso."
O encontro esteve ameaçado na semana passada, porque assessores de Arafat diziam que ele via poucas possibilidades de progresso.
O objetivo é acelerar a implantação da autonomia palestina nos territórios ocupados, assinada em Washington em setembro passado. A retirada israelense de Jericó (Cisjordânia ocupada) e da faixa de Gaza deveria ter começado em 13 de dezembro.

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