São Paulo, terça-feira, 8 de fevereiro de 1994
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Orçamento de Clinton reduz déficit

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, enviou ontem ao Congresso a proposta para o Orçamento do governo em 1995. Se for aprovado, resultará no menor déficit público federal em dez anos: US$ 176,1 bilhões. Clinton chamou seu projeto de "o mais duro Orçamento já apresentado ao Congresso".
Ao contrário do ano passado, desta vez o presidente americano não propôs aumento de impostos, exceto sobre a venda de cigarros (que passaria de US$ 0,24 para US$ 0,99 por maço). Licenças para a operação de lojas de armas também serão aumentadas pela proposta de Clinton (de US$ 66 para US$ 600 anuais).
O Orçamento prevê cortes de despesas em mais de 300 programas federais e a eliminação de 115 deles. Entre eles, muitos de auxílio a bibliotecas, de incentivo para a construção de casas populares e de subsídio para aquecimento de residências de famílias pobres.
As áreas que mais receberão aumentos de verbas pela proposta de Clinton são: educação pré-escolar, assistência a mulheres pobres grávidas e a crianças pobres, policiamento ostensivo nas ruas das grandes cidades e patrulhamento nas fronteiras para impedir a entrada de imigrantes ilegais.
A projeção para a Defesa inclui a redução das tropas em 85.500 pessoas (para um total de 1,52 milhão) e do funcionalismo civil em 96.500. Mas os civis e militares que permanecerem na Defesa receberão aumento salarial de 1,6%, de acordo com o programa anunciado por Clinton.
Pela primeira vez em 21 anos o Orçamento propõe cortes de despesas para a Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos. O corte sugerido é de US$ 260 milhões de um total de US$ 14,5 bilhões. O único programa da Nasa a crescer seria o de pesquisa ambiental feita da órbita da Terra.
Saúde
Pesquisa de opinião pública divulgada pela revista "Newsweek" que foi às bancas ontem revela que o apoio dos americanos ao plano de Hillary caiu de forma significativa: em setembro, 55% das pessoas entrevistadas diziam ser favoráveis a ele - agora só 41%. O plano de saúde é classificado pelo presidente como a prioridade máxima do seu governo.

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