São Paulo, quarta-feira, 9 de fevereiro de 1994 |
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Parlamentares mudam voto sobre mandato após 5 anos Sarney diz que não irá à votação, que pode ser amanhã EUMANO SILVA E TALES FARIA
O ex-presidente e atual senador José Sarney (PMDB-AP) disse que não votará na definição do mandato porque não participará das votações do Congresso revisor. "Considero inconstitucional iniciar a revisão da Constituição pelas disposições transitórias", disse Sarney, referindo-se ao fato de que o FSE será incluído nas Disposições Transitórias. Quando Sarney era presidente (85-90), jogou todo o peso da máquina federal para garantir que seu mandato fosse de cinco anos. Na época, o governo foi acusado pela oposição de distribuir favores, inclusive canais de rádio e TV. A votação ocorreu no dia 2 de junho de 1988 e a oposição perdeu por 328 votos a 222. Muita coisa mudou desde então. O presidente Itamar não quer governar além do dia 1.º de janeiro de 1995 e muitos dos que apoiaram os cinco anos hoje defendem a coincidência de mandatos do presidente e deputados. "A experiência mostrou que a eleição do presidente junto com a da Câmara pode facilitar a formação de maioria no Congresso", afirmou Luís Eduardo Magalhães, filho do governador Antônio Carlos Magalhães, que em 88 era ministro das Comunicações, pasta responsável por concessões de rádio e TV. O argumento do deputado Henrique Eduardo Alves é similar. "Na época, quem queria quatro anos desejava um confronto político com o presidente Sarney. Hoje a discussão é se o mandato do presidente deve ou não ser coincidente com o dos deputados. Eu acho que deve coincidir", disse ele, filho do deputado Aloízio Alves (PMDB-RN), que em 1988 era ministro da Administração. (Eumano Silva e Tales Faria). Texto Anterior: Hargreaves é reintegrado com festa e se envolve nas negociações do plano Próximo Texto: Justiça determina desocupação de fazenda; sem-terra ameaçam resistir Índice |
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