São Paulo, quarta-feira, 9 de fevereiro de 1994 |
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Justiça de SP liberta nove militantes do PSB
DA REPORTAGEM LOCAL Nove militantes do Partido Socialista Brasileiro (PSB), de São Paulo, tiveram sua liberdade decretada anteontem pelo Tribunal de Justiça do Estado. Estavam detidos desde o último dia 29 de dezembro sob acusação de tráfico de drogas e formação de quadrilha. O habeas corpus para libertação dos socialistas foi impetrado pelo advogado Márcio Thomáz Bastos, ex-presidente das Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).Amanhã um grupo de 1.000 socialistas promete fazer uma passeata diante da Secretaria de Segurança Pública, em Higienópolis (centro), pedindo a punição do delegado Mauro Ricardo, da Polícia Civil. Ele é acusado de abuso de poder. O delegado, que prendeu os militantes, sustenta que os socialistas foram detidos "como criminosos comuns". Segundo o delegado, eles teriam traficado drogas entre um grupo de 13 mil filiados do Movimento Sem Terra de Itaquaquecetuba (SP). A acusação de tráfico de drogas sustentou-se num lote de remédios de uso controlado (tarja negra) encontrado entre os socialistas. Remédios dessa categoria, quando sem prescrição médica, têm seu uso ou posse enquadrados como tráfico. Os militantes dizem que os remédios foram doados pela iniciativa privada e seriam empregados para tratar de correligionários doentes. "Houve abusos gravíssimos, prisão ilegal e um inquérito policial pontuado de irregularidades", disse Márcio Thomáz Bastos. Entre os detidos estavam dois presidentes municipais do PSB e um membro da direção estadual, José Carlos Ferreira da Silva. Texto Anterior: MP pediu afastamento de delegado do caso Cruz Próximo Texto: Brizola exclui PT de alianças para sucessão Índice |
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